sexta-feira, 14 de junho de 2013

Comendo fora de casa: E agora? Rodízio de Comida Japonesa




A imigração japonesa é recente, de 1908, naquele tempo a culinária encontrou algumas barreiras, mas aos poucos foi conquistando seu espaço, até virar febre nas metrópoles brasileiras, onde ir a um restaurante japonês se tornou um programa certeiro para um jantar romântico, um encontro entre amigos, uma refeição com a família ou colegas de trabalho.

Leve, colorida e caprichada, traz uma combinação de ingredientes como salmão, atum, peixe branco, kani, tofu, pepino, repolho, acelga, nabo, cenoura, gengibre, gergelim, nori (alga), cebolinha, shimeji (tipo de cogumelo), manga, wasabi (tempero)... São preparações de encher os olhos e dar água na boca!
wasabi
Pela diversidade de cores e alimentos, há grande variedade de vitaminas e minerais.

Salmão e atum são peixes ricos em ômega-3, um tipo de óleo que está associado à redução da inflamação, prevenção de doenças cardiovasculares, redução dos triglicérides e ao aumento do HDL (colesterol “bom”). Para a manutenção da qualidade de vida e atingir as recomendações deste nutriente, devemos consumir peixes pelo menos 2 vezes na semana, independentemente da culinária ou forma de preparo.

Nori, a alga amplamente utilizada nas preparações, é rica em proteínas, fibras, iodo, ferro, vitamina A e vitaminas do complexo B, sendo uma boa coadjuvante para aumentar os nutrientes da nossa alimentação, já que a ingerimos em pequenas quantidades.
Nori
Outro alimento muito utilizado na culinária japonesa é o tofu, que apesar do sabor neutro, quase imperceptível, fornece cálcio e proteínas.

Com tanta informação, o que é importante considerar para nossa saúde?

Higiene em primeiro lugar! As condições higiênico-sanitárias do estabelecimento são essenciais! Alimentos crus, como muitos são servidos, não têm a chance de que os micro-organismos (bactérias, vírus e fungos) sejam eliminados pelo calor da cocção. Por este motivo, gestantes não devem comer carnes cruas ou mal cozidas. Recomenda-se um restaurante confiável, com funcionários treinados, que seguem normas de higiene, boas práticas e que os alimentos sejam de boa procedência.
Rodízio é uma situação onde ficamos expostos a grande quantidade e variedade de alimentos – precisamos planejar o que vamos comer. Nós já vimos aqui a importância desta etapa para evitar exageros. Se você não tem o hábito de planejar suas refeições, parece que fazê-lo é gastar muita energia e tempo pensando nisso, e muitas vezes parece penoso, difícil, mas com o tempo esta etapa se tornará algo automático.

Alguns restaurantes trabalham com o esquema de buffet, o que facilita a montagem de um único prato. Na impossibilidade de colocar todas as preparações no prato, tente pegar pequenas porções de cada alimento. Geralmente os garçons perguntam o que deverá trazer à mesa, ou você pode visualizar as opções no cardápio. Para evitar desperdícios e exageros, alguns estabelecimentos cobram até taxas para alimentos deixados no prato.

Não tenha pressa, coma devagar. Preste atenção no capricho da apresentação dos pratos, saboreie as preparações. Se estiver entre conhecidos, aproveite a ocasião para colocar a conversa em dia.

Dê preferência a preparações cruas, como sushi, sashimi, uramaki, niguiri, temaki, etc (foto).
Exemplo 1. Sushis, sashimis, uramakis, niguiris.
Exemplo 2. Sushis, sashimis, uramakis, niguiris.
uramakis (embaixo), sushis (em cima)

sashimis
temakis
A versão frita do sushi, conhecida como hot roll, deve ser evitada, bem como outros alimentos fritos, como por exemplo o tempurá, o guioza e o rolinho primavera (que apesar de ser chinês, é servido em restaurantes de culinária japonesa). Isto não significa que você deve passar vontade – evitar é diferente de “não coma nunca!” e de “enfiar o pé na jaca”.
hot roll
Tempura
Guioza (chinês)
Rolinho primavera
Missoshiro (caldo), shimeji e yakisoba (também da culinária chinesa) são pobres em gorduras e ricos em vitaminas e minerais, no entanto, devem ser consumidos com moderação, pois dependendo da forma de preparo, podem conter muito sódio.
missoshiro
shimeji
yakisoba (chinês)
Como a maioria das preparações é consumida com molho à base de soja, prefira consumir a versão light, que apesar de ter menos sódio que o tradicional ou Premium, ainda tem muito sódio. Não regue o recipiente todo de molho de soja – uma quantidade equivalente a aproximadamente 1 colher de sopa costuma ser suficiente para todas as preparações. Caso não seja, repita a quantidade. Isto permite que você controle a quantidade de molho (e sódio) que consumiu.

O sódio, quando consumido em excesso, pode elevar a pressão arterial, causar hipertensão arterial (pressão alta) e complicações como AVC (acidente vascular cerebral), infarto e doença renal crônica.
Comida japonesa: você está fazendo isso errado (mas de maneira muito engraçada!)
Referências:

Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. 2007;88 Suppl1:1-19.

Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde. 2006. [acesso em 2013 Jun 13]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica15.pdf

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