segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Alimentação infantil – 10 erros na educação alimentar das crianças




A introdução de alimentos à dieta deve ser iniciada no 6º mês de vida como complemento do aleitamento e tem a função de complementar o valor calórico e diversificar a oferta de nutrientes, essenciais ao crescimento e desenvolvimento normais da criança.

Para muitos pais, é aí que surge uma das maiores preocupações. Conforme a criança cresce, em alguns casos, a hora da comida se transforma em uma verdadeira batalha.

Antes de qualquer coisa precisamos entender que nosso hábito alimentar é influenciado por vários fatores, ambientais e genéticos, e pode ser moldado ao longo da vida.

Das dificuldades que podem surgir, como por exemplo a resistência da criança em comer certos alimentos e a preferência por outros, inapetência, influência de amigos na escola, as consequências podem ser a obesidade ou a desnutrição.

Além destas, podemos destacar a anemia. No Brasil, a prevalência em crianças menores de 5 anos é de 30% a 70% dependendo da região. Boa parte disso deve-se ao fato de que muitas vezes as refeições são substituídas por laticínios. “Meu filho come pouco arroz e feijão, mal tocou no bife, então ofereço um iogurte, que é um alimento saudável”. É a velha história de que o laticínio “vale por um bifinho”, um slogan difícil de ser vencido.

De fato leites e derivados são importantes fontes de cálcio, excelentes para o desenvolvimento dos ossos. Porém, o cálcio compete por absorção com o ferro (do feijão, da carne, das verduras verde escuras). Então o pouco do ferro que a criança ingeriu na refeição não será absorvido na quantidade que deveria.
 
Para auxiliar na educação alimentar das crianças, a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) publicou os “10 erros que não devemos cometer na educação alimentar da criança”.

1. Dizer sempre sim: A criança sem limites vai abusar das calorias e das guloseimas. Devemos ter um dia por semana e situações em que podemos ser mais liberais.

2. Lanches fora de hora: O ideal são 6 refeições diárias e evitar as beliscadas fora desses horários.

3. Oferecer comida como recompensa: “Coma toda a sopa para ganhar a sobremesa”. Passa a ideia de que tomar sopa não é bom e que a sobremesa é que é o máximo.

4. Ameaçar castigos para quem não cumpre o combinado: “Se não comer a salada não vai ganhar presente”. Isso somente vai aumentar o ódio que a criança sente das saladas.

5. Brincadeiras na mesa: Hora de comer é hora de seriedade, evitar fazer aviaozinho. Muito mimo é sinônimo de muita manha.

 
6. Ceder ao primeiro não gosto disso: a criança tem uma tendência a dizer que não gosta de uma comida que ainda não provou. Cada um pode comer o que quiser, mas pelo menos experimentar não custa nada.

 
7. Substituir refeições: Não quer arroz e feijão, então toma uma mamadeira. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir esta estratégia sempre.

8. Tornar a ida a uma lanchonete um programão: A comida de casa fica sem graça.

9. Servir sempre a mesma comida: A criança só toma iogurte, então passa o dia todo tomando iogurte. Vai enjoar, vão faltar nutrientes, vão faltar fibras.

10. Dar o exemplo: Não adianta mandar tomar sucos e somente beber refrigerantes.

 
Referências:

Ministério da Saúde. Saúde da criança: Nutrição Infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica [Internet]. 1ª ed. Distrito Federal: 2009; [acesso em 2013 Nov 15]. 112 p. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf

ABESO. Dicas: erros que não devemos cometer na educação alimentar da criança [Internet]. [acesso em 2013 Nov 15]. 1 p. Disponível em: http://www.abeso.org.br/pagina/27/::+10+erros+que+nao+devemos+cometer+na+educacao+alimentar+da+crianc.shtml

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